O pai de Pedro também se chamava Pedro,
o Primeiro, imperador de seu país!
O menino, que nasceu depois, era o Segundo,
príncipe e sucessor.
Por isso mesmo Pedro, o Segundo,
queria aprender a saber escolher.
As escolhas do imperador podem mudar a vida das pessoas e da nação para melhor,
ou para pior.
Mas ele vivia na maior confusão, e não sabia tomar nenhuma decisão.
Não escolhia nem mesmo o que comia
e precisava da ajuda até para definir a cor da torneira da pia.
Pedro, o Segundo, queria o melhor, mas achava que no futuro poderia, sem querer,
escolher o pior.
Quando ele cresceu, até se surpreendeu,
pois em um bom escolhedor se converteu!
É que ele tinha um amor danado por aquele lugar,
e nunca se cansava de olhar.
Também gostava muito do povo e
sabia que ninguém era bobo.
Assim, no seu reinado todo mundo era escutado
e tudo ia sendo melhorado.
Mas a população se achava capaz e queria muito mais.
ansiavam eleger o governante que estaria no poder.
Foi aí que Pedro, o Segundo, mesmo com muita dor,
decidiu que não seria mais o Imperador.
E essa foi a sua escolha mais arriscada,
porém a mais apropriada.
Antes de ir embora, ele chorou,
amava tanto o país que governou.
Ao entrar no barco, pegou um pouquinho da areia da praia
e no seu bolso armazenou.
E agora, quando ele toca na areia, se recorda do mar onde morou.
E se alegra lembrando que muito mais livre e feliz aquela gente ficou.