Frida acordou assustada.
Sua cama tinha balançado e caído para o lado.
Tudo tinha sacudido e voado.
Ela foi lá fora e viu que a coisa tinha sido mesmo bem tremida.
Um terremoto tinha deixado casas destruídas e arvores caídas.
Frida ligou a televisão e soube que todo o planeta tinha chacoalhado.
Em muitos lugares os vulcões foram despertados.
Todos já estavam comentando que a Terra tinha se rebelado
para dar aos humanos um grande recado.
Ela pensou que isso fazia sentido, afinal há muito tempo esse mundo vinha sendo ofendido.
Seu sentimento estava um pouco confundido, ela estava triste por não ter mais casa e a cidade para morar.
Mas também sentia alegria, pois achava que as coisas precisavam mesmo mudar.
Afinal quando é que todos iam parar de desmatar e maltratar tudo que o planeta nos dá? Ela não sabia com qual emoção ficar.
Sua mãe chegou contando que havia um lugar sem nenhuma erupção.
Sua família iria para lá.
Era um país do outro lado do oceano, que já se preparava para muita gente abrigar.
No dia seguinte todos foram de avião.
Pousaram em uma cidade bonita, em uma manhã de muito vento.
No alto de uma montanha ela viu uma estátua de braços abertos.
Parecia que já estava lá há muito tempo.
E que sabia que muita gente, como Frida, iria chegar precisando de abraço e de um pouco de alento.
Um menino chamado Pedro a convidou viver em sua moradia.
Ela intuía que depois desse dia tudo melhoraria.
O país se chama Brasil.
E lá Frida encontrou pessoas com a maior empatia que ela já viu.